quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

'PENSANDO GLOBAL, AGINDO LOCAL - O CONTEXTO HUMANO






É notório que conforme a civilização avança, cresce dentro do ser humano, uma visão cada vez mais individualista e egocêntrica, onde o que importa não é o que se é ou faz, mas o que se tem. Essa forma transgressora e imoral que se evidencia hoje é fruto de toda uma vivência dessa “truculenta, perversa e fraca” raça humana. Truculenta e perversa, uma vez que durante toda a sua história utilizou-se de artifícios para explicar e camuflar suas atrocidades, bem como medos, desejos e instintos. E fraca, pois mostrou-se vítima de si mesma.

 
                           Um exemplo bem claro desse paradoxo antropológico e psicossocial torna-se evidente quando analisamos algumas causas e conseqüências de fatos históricos essenciais para o desenvolvimento humano e social.
                            Sabe-se que a Idade Média foi regida pela ideologia cristã, o que fez do homem um ser inescrupuloso e pagão, cabendo a ele, neste mundo, buscar a redenção de seus pecados. E sob essa ótica, do séc. V ao XV, os servos, massa mais pobre da população, aceitaram suas condições, sob a égide de que como recompensa ganhariam a vida eterna e tudo aquilo o que dela, de bom provinha, como céu e paraíso. E jamais questionaram o porquê de a Igreja ter sido a instituição mais rica e detentora do maior número de terras durante este período. Ora, se o mesmo se considerava um pecador, estando neste mundo apenas para se redimir de seus pecados, nada mais justo do que aceitar a piedade de Deus ao receber apenas aquilo o que dele merecia. E a Igreja Católica, por sua vez, representando uma divindade, também recebia o que merecia, por isso, era a detentora do maior número de terras, já que estava redimindo os pecados da população pagã. E soube, como nenhuma outra instituição gerenciar a ideologia que a tornava cada vez mais rica e poderosa, utilizando-se até mesmo de artifícios cruéis como a “Santa Inquisição” para defender seus interesses. Este fato marca, na história da humanidade, o horror e a atrocidade, camuflados através de ideais materialistas e travestidos pela imagem de um deus.

                             Não esqueçamos também da grande Revolução Industrial, que surgiu não somente com o intuito de proporcionar conforto e comodidade à população, mas além de um capitalismo exacerbado, causar na França um sentimento de inferioridade, principalmente por parte de Napoleão Bonaparte. Como conseqüência desse episódio, tivemos um aumento do desemprego estrutural e conjuntural, considerando que a máquina tornou-se um instrumento indispensável e insubstituível dentro das fábricas, elevando, ainda mais o s níveis de exploração do trabalhador.

                            Também nesta linha de pensamento temos a nossa querida Alemanha, que influenciada por pensadores como Darwin e Bismarck, utilizou-se do evolucionismo como uma resposta aos seus anseios, transformando a “raça ariana” na mais perfeita possível. Podemos considerar este fato como um “absurdo histórico”, principalmente quando se observa as conseqüências acarretadas por ele, como Segunda Guerra Mundial e extermínio de homossexuais e judeus, tornando o homem vítima de seus próprios atos e de si mesmo.

                            Depois de toda essa análise, surge uma indagação da qual não poderia me faltar: Se o homem, regido por um ideal é capaz de mudar a realidade em que se encontra ao ponto de um simples proletariado passar a representar o Estado Nacional, como é o caso de um molusco bastante conhecido na América Latina, não poderia o mesmo utilizar-se dos mesmos artifícios para promover, senão uma igualdade universal, ao menos buscar mecanismos dentro do contexto em que vive para aniquilar a situação em que vive a maior parte da população?Não seria ele, por meio de suas idéias, indispensável no processo de mudança, como sempre o foi? Precisamos encontrar novas perspectivas, englobando não a minoria, como sempre aconteceu, mas dentro de uma visão universal, onde o preto é igual ao branco, que por sua vez não se diferencia do índio nem do mameluco pobre. Somente quando isso acontecer é que finalmente teremos uma sociedade digna e justa, não somente utópica.

...O que sou? Se não um emaranhado d circunstâncias e desejos... de instintos e medos...O que quero? Se tudo o que não quero é descobrir que por dentro do meu lamentável Eu existe alguém que sempre deu adeus... Adeus ao mundo... Aos sentimentos... Ao universo e a mim mesma...Novamente me pergunto o que sou... E me espanto ainda mais...Faltou resposta!!!

Vamos melhorar essa imagem...


Não é de hoje que vemos a imagem da mulher brasileira sendo trucidada pelos meios de comunicação e pela própria sociedade. Nos tratam como se fôssemos objetos de apreciação e desejo... Nosso valor é ditado pelo tamanho do traseiro de cada uma. E assim, somos levadas a fazer parte desse mundo subjetivo e ao mesmo tempo carnal. Nos chamam de sexo frágil... Mas na verdade, a grande verdade é que os magníficos homens morrem de medo de serem ultrapassados por nós, grandes mulheres, que com o passar dos séculos contruímos pouco a pouco nossa história, e nos revelamos cada vez mais aptas a administrar não somente nosso lar, mas também, fazer aqulio o que homem nenhum é capaz de fazer... Cuidar da casa e do emprego ao mesmo tempo e ainda ter tempo de ir a um barzinho no final do expediente.